quinta-feira, 14 de maio de 2015

A DERROTA E O DERROTADO

O que se viu ontem na Arena Itaquera foi algo do que se lamentar. Não a derrota, e nem a eliminação de um dos grandes do futebol brasileiro na competição continental mais importante das Américas.
Há de se lamentar a arrogância de um time que entrou achando que já estava com a vaga (nas quartas da Libertadores da América) garantida, mesmo vindo de uma derrota no Paraguai. O Sport Clube Corinthians Paulista acreditou que, por se tratar de um time (aparentemente) pequeno, vindo de um país com pouca tradição futebolística, seria fácil e, porque não, cômodo alcançar a classificação, revertendo a derrota de dois a zero. Entrou em campo com a síndrome de superioridade evidente no ego de seus jogadores.
Porém, o que se viu foi um time desesperado, afoito em fazer um placar que pudesse satisfazer as regras da competição. O primeiro tempo de jogo era importante para impor-se diante do adversário. Com 14 chutes a gol, o time paulista não conseguiu furar a meta do time paraguaio. A torcida fazia uma festa incrível, acreditando que, sim, seu time de coração poderia reverter a derrota, Mas o segundo tempo guardava surpresas nada agradáveis ao escalado corintiano.
Volta do intervalo e a equipe brasileira continuou na pressão. O que não se esperava era Fábio Santos, num lance de pura infantilidade, deixar o pé no peito do jogador adversário e ser, corretamente, expulso aos sete minutos da etapa final. O Corinthians perdia ali um de seus homens de ligação. Continuava na pressão, mas a bola insistia em não entrar. O Guaraní, recuado em seu campo, esperava o desesperado time de Itaquera. Aos 24 minutos veio mais uma ducha de água fria nas esperanças do torcedor. Jadson, num gesto de quem perdeu a cabeça (e o juízo), deixa a mão no rosto do jogador paraguaio. Expulsão mais do que merecida. Ali poderia se dizer que o jogo, e a Libertadores, já havia acabado para o time paulista. Se o juiz desse a partida por encerrada, não haveria reclamação por parte dos torcedores. A vaga já era. Como ganhar de um time "pequeno" com dois a menos? Sem chance. O sonho do bi na "liberta" teria que ficar para 2016.
Mas, o juiz da partida não quis encerrar o jogo. Era preciso terminar a partida, o que é natural em um jogo de futebol. E o destino quis que o Corinthians, aquele time arrogante, recebesse seu último golpe antes da efetiva eliminação. Aos 47 da etapa final, no apagar das luzes, o time "pequeno" fez o gol. O que o time "grande" buscou em 90 minutos, o time paraguaio, recuado durante todo este tempo, conseguiu em seu último lance. Era o tiro de misericórdia.
Acabou. O Corinthians está fora de mais uma Libertadores. Agora eliminado pelo Guaraní do Paraguai. Fazendo lembrar a derrota para o Tolima. Antes ter ficado de fora do mata-mata, já que estava no "grupo da morte". Já era. Acabou.

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